terça-feira, 24 de abril de 2018
domingo, 22 de abril de 2018
O que é Projeto?
Para o dicionário Aurélio (2010), a palavra projeto vem do latin Projectu, que significa “lançado para adiante”, ou seja, “ideia que se forma de executar ou realizar algo, no futuro, plano, intento, desígnio”
De acordo
com a ISO 10006:2003 (ISO, 2003) - diretrizes para a qualidade de gerenciamento
de Projetos, “Projeto é um processo único, consistindo de um grupo de
atividades coordenadas e controladas, com datas para início e término,
empreendido para alcance de um objetivo conforme requisitos, incluindo limitações
de tempo, custo e recursos”.
Conforme a
ISO 21500:2012 (ISO, 2012) - orientações sobre gerenciamento de projetos, um
projeto “é um conjunto único de processos que consiste em atividades coordenadas
e controladas com datas de início e fim, empreendidas para atingir os objetivos
do projeto. O alcance dos objetivos do projeto requer provisão de entregas,
conforme requisitos específicos”.
Segundo
Kerzner (2006), projeto é: “trata-se de um empreendimento com objetivo bem
definido, que consome recursos e opera sob pressões de prazos, custos e
qualidade. Além disso, projetos são, em geral, considerados atividades
exclusivas em uma empresa”.
Para
Dinsmore e Cavalieri (2006), projeto é um instrumento fundamental
para qualquer atividade de mudança e geração de produtos e serviços. Eles podem
envolver desde uma única pessoa a milhares de pessoas organizadas em times e
ter a duração de alguns dias ou vários anos.
De acordo
com Project Management Institute (PMI, 2013), “Projeto
é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado
exclusivo”.
- Temporário indica uma data início e data fim definidos e não necessariamente,
esse período deva ser de curta duração. O término é alcançado quando os
objetivos forem atingidos ou não e o projeto for encerrado.
- Esforço
temporário não se aplica ao produto, serviço ou resultado
criado pelo projeto; mas ao esforço aos processos de gerenciamento de
projetos.
- Por fim, criar um produto, serviço
ou resultado exclusivo indica que cada projeto tem a sua
forma de ser e gerenciar, mesmo que haja elementos comuns repetitivos.
Alguns
exemplos de projetos são (GASNIER, 2013):
- Projetos
genéricos. Construir uma casa, desenvolver um novo
produto ou serviço, escrever um livro, lançar uma campanha eleitoral e
desenvolver um software.
- Projetos
históricos. Pirâmides do Egito (2700 a.
C.), a Grande Muralha da China (450 a.C.), O Coliseu (70 e 90 d.C.),
Construção de Brasília (1956).
- Projetos
contemporâneos. Internet (1962),
Hidroelétrica de Itaipu (1970), Projeto Genoma (2000), Projeto Belo
Horizonte no século XXI (2004), Projeto Copa (2014) e Projeto Rio (2016).
O que um projeto
NÃO É: diferenças entre gerenciamento de projetos e gerenciamento de operações
Um projeto
não pode ser confundido com uma atividade rotineira e repetitiva.
Operações são esforços permanentes que geram saídas repetitivas, com recursos
designados a realizar basicamente o mesmo conjunto de atividades de acordo com
os padrões institucionais. Os projetos e operações diferem, principalmente, no
fato de que os projetos são temporários e exclusivos, enquanto as operações são
contínuas e repetitivas.
O grande
desafio deste século não é ser mais uma
empresa que gerencia atividades repetitivas baseadas
em seu histórico de gerenciamento de projetos, mas ter a capacidade de
gerenciar atividades nunca realizadas
no passado e que podem não se repetir
no futuro, pois, a cada dia, os projetos tornam-se maiores, diferentes e
complexos (KERZNER, 2011).
Mônica Mancini, PhD, PMP Tem Pós-Doutoramento em Sistemas de Informação/Projetos/USP (2017), Gestão Estratégica de EAD/Senac(2016), MBA em Gestão Empresarial/FGVSP (2007), Doutorado em Ciências Sociais/PUCSP (2005), Mestrado em Administração/PUCSP (1999), Especialização em Administração Industrial/USP (1992) e Graduação em Administração com ênfase em Análise de sistemas/FASP (1989). Possui certificação PMP, COBIT, ITIL-F, ISO 20000, ISO 27002, Green IT Citizen. Sócia Diretora da MM Project Treinamento e Soluções em TI com foco em Treinamento, Projetos e Internet das Coisas. Mais de 30 anos de experiência na área de tecnologia e projetos. Conselheira de Governança do PMI São Paulo (2017-2018). Prêmio Diretora do Ano 2015 e Prêmio Voluntária do Ano 2012 do PMI São Paulo. Gerente, Mentora e Consultora do NepIOT - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Internet das Coisas / IpT. Professora nos cursos de Graduação e Pós-Graduação Lato Sensu.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ISO 10006:2003 - quality management – guidelines
to quality in project management. Rio de Janeiro, 2003
ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR
21500:2012 - orientações sobre gerenciamento de projetos.
Rio de Janeiro, 2012.
A
guide de Project Management Body of Knowledge (PMBOK® Guide). Fifth
Edition. Newton Square, PA: PMI, 2013.
DINSMORE, P. C. ; CAVALIERI, A. Como se tornar um profissional
em gerenciamento de projetos: livro-base de Preparação para
Certificação PMP - Project Management Professional. Rio de Janeiro.
QualityMark, 2012
FERREIRA, A. B. de Holanda. Novo Aurélio século
XXI: o dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2010.
GASNIER, D. G. Guia prático para gerenciamento
de projetos: manual de sobrevivência para os profissionais de
projetos. São Paulo: IMAM, 2010
KERZNER, H. Gestão de projetos: as
melhores práticas. 2ª edição. Porto Alegre: Bookman, 2006.
KERZNER, H. Gerenciamento de projetos: uma
abordagem sistêmica para planejamento, programação e controle. São Paulo:
Editora Blucher, 2011.
MANCINI, Mônica. Gerenciamento de Projetos. In: VASQUES, Edmir; SOUZA,
César (Orgs.). Fundamentos sistemas de informação.
São Paulo: Editora Elsevier, 2014.
quarta-feira, 18 de abril de 2018
segunda-feira, 16 de abril de 2018
Um Rio de Paixão

A cidade do Rio de Janeiro
foi fundada por Estácio de Sá em um período quaresmal. E passados 453 anos,
vivem os cariocas, mais uma vez e de forma agudamente inédita, um período de Paixão que os faz mártires
cotidianos – como seu Santo padroeiro -
da criminalidade que ganhou formato epidêmico.
Completou no dia 16 de
Março, um mês do decreto que instaurou uma Intervenção Federal-militar na área
da Segurança Pública. Noves fora a
bizarrice jurídica de uma intervenção parcial, algo não previsto na
Constituição, a motivação desse ato
construído sem planejamento, ao sabor de uma ação marqueteira que buscou
mudar o foco das atenções da grave crise política e de credibilidade por que
passa o governo central, trouxe em
caráter inédito para o centro da cena política e social as FFAA, notadamente o
Exercito Brasileiro.
O General Braga Neto,
nomeado interventor, teve de inicio uma postura honesta e transparente ao
afirmar que não tinha plano para a tarefa que lhe fora confiada. Alem disso
identificou de forma correta que uma das questões centrais a serem tratadas no
seu consulado seria a da correição das policias, pois como disse o Ex- Chefe de
Policia do Rio, Delegado Helio Luz “o
problema da segurança é mais dos mocinhos que dos bandidos”
Passados 30 dias, a situação é pior que antes do decreto. Comparado o mesmo
período do ano anterior os números da segurança publica se deterioraram ainda
mais.
E como ápice dessa Lua de Fel para “coroar” o mês de intervenção, o assassinato brutal da vereadora Marielle Franco mostra que o poder paralelo ao Estado afronta a democracia e busca delimitar territórios.
Nós desde o início nos
posicionamos contrários a intervenção, seja pela sua inconsistência jurídica,
seja pelo seu aventureirismo político.
Diante desse quadro ou o
General Braga Neto assume de fato o Comando da situação, impondo sua autoridade
sob as Policias e preserva a imagem das
FFAA não limitando sua atuação a um
pretenso e já fracassado “laboratório em um bairro popular na Zona Oeste do
Rio.
Enquanto isso a Cidade é martirizada
diuturnamente pelo crime com uma PM
despreparada que produz cadáveres
atirando a esmo em confrontos no meio de civis, nas ruas e favelas do RJ.
São 3.967 tiroteios ocorridos em 2017. E com baixíssimo resultado pratico.
Esse martírio dos cariocas cujo símbolo foi a morte da vereadora Marielle e de seu
motorista, pode e tem soluções.
Basta que a sociedade
civil, o poder publico e os homens e mulheres de bem possam conduzir em aliança
uma guinada onde a produção da Paz social será resultado de um enfrentamento
decisivo entre o modo velho pensamento da
segurança publica e suas
praticas e o novo modo que deve se basear no tripé
planejamento, inteligência e repressão qualificada.
Enfeixados por uma ação
que traga o Estado em sua integralidade às áreas hoje dominadas pelas milícias
e pelo narcotráfico. Junto com a Segurança Educação.Saúde, Cultura,
Empreendedorismo. Dignidade e Oportunidades.Direitos Humanos.
Após a Paixão vem a
Ressurreição e a Páscoa. Elas abrem uma nova perspectiva, Os incontáveis
sofrimentos que se transformam em dramas podem ter seu fim.
Mas há de se ter vontade política para se fazê-lo. Sem isso o
martírio vai prosseguir e se aprofundar.
E o Rio viverá uma eterna Paixão.
Newton de Oliveira é Mestre em História pela UFF, professor de Direito do Mackenzie Rio e Ex Subsecretario Geral de Segurança do
RJ.
terça-feira, 10 de abril de 2018
Um convite à reflexão sobre a diversidade
A boa relação com a diversidade
representa um fator crítico de sucesso nos negócios, na medida em que promove
maior visibilidade para a organização quanto aos valores, como respeito, ética
e meritocracia, dentro do paradigma da responsabilidade social corporativa.
Abordar um assunto polêmico como
preconceito, segregação ou exclusão não é uma tarefa fácil, pois não se trata
apenas de contextualizar o cenário histórico social. Cabe considerar que quando
julgamos as pessoas pela raça ou por uma cultura diferente da nossa, a partir
de critérios e interesses transmitidos pela nossa cultura, estamos procedendo
de forma etnocêntrica. Isto revela a tendência que leva a subestimar,
menosprezar ou até mesmo repudiar condutas e costumes de culturas divergentes
do que se acredita ser “normal” ou “habitual”. Já dizia uma famosa música: “É
que Narciso acha feio o que não é espelho”.
Desta forma, cabe pontuar que a
diferença não se equaciona como uma ameaça, mas como alternativa, portanto não
deveria ser interpretada como uma hostilidade, mas como uma nova possibilidade.
Contudo, não somente por um sistema de cotas ou favorecimento de visibilidade
corporativa junto aos stakeholders
envolvidos, mas pelo respeito por qualquer ser humano.
Não precisamos ser especialistas
em antropologia social para notarmos cotidianamente o julgamento da cultura do
outro advindo do reflexo das condições estéticas, econômicas ou regionais.
Sendo assim, se faz necessário estimular a atmosfera da empresa por meio de um
clima organizacional favorável, que propicie a vivência da diversidade nas
relações interpessoais, de forma que seja possível a construção de um ambiente
integrador e de sucesso colaborativo. Despertar
uma visão geral sobre a diversidade, permitindo uma reflexão crítica sobre o
nosso papel na sociedade para a sensibilização e a construção de novos valores
e estimular ações que possibilitem a promoção da inclusão promoverá
efetivamente a agregação de valor à empresa.
Portanto, precisamos partir da
necessidade de superação das barreiras existentes primeiramente nas relações
interpessoais, as quais ainda produzem olhares preconceituosos, de forma a
estimular um modelo de gestão voltado à valorização da potencialidade e da
superação, precisamos abrir mão de crenças limitantes e propagar a valorização
de profissionais que vestem a camisa da empresa independente de rótulos
pré-estabelecidos.
A modalidade “seleção às cegas”,
disseminada em países da Europa e pouco praticada no Brasil, vem como uma alternativa para mais uma vez
focar especificamente na potencialidade, independente do gênero, idade ou
outros requisitos. Neste modelo prioriza-se a competência técnica e
comportamental necessária para o desempenho de determinada posição de forma
igualitária.
Enquanto o discurso for “não
somos preconceituosos” – e não me refiro somente a valores, mas também a falta
de informação –, manteremos a penumbra do que não é dito, entretanto, ainda
praticado pela sombra de um comportamento repetitivo no que se refere a
dificuldade de inclusão do que é considerado como “diferente” ou “sem aderência
ao perfil”, todavia sem a devida abertura para o estímulo e investimento na
potencialidade.
O assunto diversidade realmente
proporciona visibilidade para as corporações, entretanto será que os inúmeros
profissionais desempregados extremamente qualificados que estão no limiar de
condições caracterizadas como grupos estigmatizados socialmente estão sendo
inclusos? Ou novamente partimos para o extremismo sem considerar o
profissionalismo peculiar?
Não se trata de levantar a
polêmica do sistema de promoção ou não de cotas, nem de apontar estatísticas,
mas de promover uma reflexão à avaliação do que realmente está em questão, ou
seja, a potencialidade independente de qualquer tipo de situação ou condição.
Atuei durante 15 anos com
práticas voltadas a responsabilidade social corporativa para grandes
corporações (seleção, treinamento, sensibilização, coaching, mentoring etc.) e
realmente me questiono se estamos prontos para considerar a potencialidade sem
questões enraizadas, e não me refiro ao preconceito propriamente dito, mas ao
que antecede, ao que permeia a sombra do julgamento, como, por exemplo: Você
tem filhos? Qual a idade deles? Que região você mora? Qual o nome da faculdade
que você estudou? Seu último salário foi muito alto? Por que ficou tanto tempo
desempregado? Recém-formado sem experiência? Está entre 40 e 50 anos? Qual é
sua geração x, y, z? Ou outras questões
limítrofes que não englobam profissionais qualificados a nenhum sistema
inclusivo.
Finalizo ressaltando que os
valores, a dignidade e o respeito não devem ser frutos do grande espelho que
envaidece ou contesta o que é diferente – não se trata de ser melhor ou pior,
superior ou inferior, apenas diferente, sobretudo enquanto profissionais
respeitados e valorizados na sua essência.
Soraia Finamor Neidenbach
Psicóloga
Organizacional / Coach Executiva
Especialista
em Psicopatologia-USP e Gestão de Pessoas com ênfase em Estratégia-FGV
Mestranda
– Gestão para a competitividade - FGV-EAESP.
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